Caixa
Tudo mudou.
E na complexidade do que sou
Já se perdeu
A melhor parte do que fui.
Talvez esteja tão oca
De sentimentos
Que ao tocar meu corpo
Apenas sinta um frio sepulcral,
E ao vislumbrar minh’alma,
Apenas destroços e escuridão.
De longe, uma bela caixa embrulhada,
Mas se ao abri-la surpreso ficasse, bem,
Eu não ficaria.
Olhe dentro da caixa,
O que vê?
Nada.
Apenas imenso vazio
Não resta nada.
Somente decepção.
Deixe-me fechada.
Tantas cores, tantos laços,
Admire a bela fachada.
Deixe-me fechada,
Pois se procurar,
Em mim não encontrará nada.
Mais nada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário