domingo, 27 de novembro de 2011

Caixa

Caixa

Tudo mudou.

E na complexidade do que sou
Já se perdeu
A melhor parte do que fui.
Talvez esteja tão oca
De sentimentos
Que ao tocar meu corpo
Apenas sinta um frio sepulcral,
E ao vislumbrar minh’alma,
Apenas destroços e escuridão.
De longe, uma bela caixa embrulhada,

Mas se ao abri-la surpreso ficasse, bem,
Eu não ficaria.
Olhe dentro da caixa,
O que vê?
Nada.
Apenas imenso vazio
Não resta nada.
Somente decepção.
Deixe-me fechada.
Tantas cores, tantos laços,
Admire a bela fachada.
Deixe-me fechada,
Pois se procurar,
Em mim não encontrará nada.
Mais nada.

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